Casos de doenças cardíacas e mortalidade cardiovascular aumentam no inverno.
Há pelo menos 50 anos, especialistas em todo o mundo observam o aumento da mortalidade por doença cardiovascular durante o inverno.
A relação entre óbitos e fatores meteorológicos, inclusive com a poluição atmosférica, é acompanhada em diversas cidades do mundo.
Em São Paulo, estudos de Rodolfo Sharovsky e Luiz Antonio Machado César, este diretor do Departamento de Doenças Coronárias do Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da USP e presidente da SOCESP na gestão de 2010 – 2011, são exemplos.
Uma de suas pesquisas mostra que, em temperaturas mais frias, com médias diárias abaixo de 14ºC, ocorre um aumento de até 30% nos casos de morte por infarto do miocárdio.
O clima frio desencadeia também outras doenças cardiovasculares, como acidente vascular cerebral, angina e arritmias cardíacas, que têm a poluição atmosférica como outro dos agentes responsáveis.
“Ao sentir o frio, os receptores nervosos da pele estimulam a liberação de adrenalina e noradrenalina, este último um hormônio responsável por contrair os vasos sanguíneos.
Com o consequente estreitamento dos canais de circulação do sangue, embora não tão significativo, pode gerar rupturas de placas de gordura, no interior das artérias coronárias, que irrigam o coração.
Neste processo, as proteínas e plaquetas do sangue são designadas para reverter o quadro, e isto aumenta as chances de formar coágulos.
Eles que são responsáveis pelo entupimento das artérias e podem causar infarto do miocárdio”.
Com o consequente estreitamento dos canais de circulação do sangue, embora não tão significativo, pode gerar rupturas de placas de gordura, no interior das artérias coronárias, que irrigam o coração.
Neste processo, as proteínas e plaquetas do sangue são designadas para reverter o quadro, e isto aumenta as chances de formar coágulos.
Eles que são responsáveis pelo entupimento das artérias e podem causar infarto do miocárdio”.
As pessoas que já possuem doenças cardiovasculares ou que já têm fatores de risco, como colesterol elevado, hipertensão arterial, diabetes, tabagistas e idosos são as mais vulneráveis. e obesidade, devem ter atenção redobrada.
— Hipertensão arterial, prolapso de valva mitral , (PTM) ponte miocárdica, arritmia cardíaca e doença coronariana crônica acabam se descompensando com maior intensidade no inverno — alerta o cardiologista Emílio Zilli, diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
O estreitamento dos vasos sanguíneos aumenta não só a pressão arterial como pode gerar rupturas de placas de gordura, agravando as doenças cardiorrespiratórias. O pneumologista Rogério Rufino afirma que é preciso procurar um médico assim que aparecerem os primeiros sintomas.
— Os mais frequentes são falta de ar, cansaço, fadiga, mal estar e pressão torácica , angina — aponta.
“A taxa de mortalidade durante o inverno sempre foi superior – cerca de 50% a mais – e, no verão, mais baixa do que nas outras estações do ano, independentemente da idade e sexo. Os mecanismos envolvidos nesse fenômeno não são ainda claramente entendidos, no entanto, diversos autores atribuem o aumento da mortalidade nos dias frios principalmente à redução das temperaturas”.
As baixas temperaturas podem dar preguiça, mas não podem inibir a prática de exercícios físicos. Segundo os médicos, manter uma alimentação balanceada, reduzindo o consumo exagerado de gorduras, também podem ajudar na saúde do coração.